É muito linda uma criança dançando balé, lutando karatê,
tocando um instrumento, desenhando. Tudo é muito lindo quando se está no
terreno do lúdico, da formação de um pequeno cidadão. Mas, quando a criança
cresce e resolve ser bailarino (a), atleta, músico ou estilista, será que terá
apoio da família? Quantas e quantas pessoas se tornaram adultos frustrados em
seus ofícios por falta de incentivo de seus sonhos. A função da família é
formar os pequeninos para esse mundão de “meudeus” e não deve ser tarefa fácil,
mas estou falando do outro lado: o das
vocações adormecidas.
Muitas pessoas esperam a aposentadoria para retornarem a
dançar balé, lutar karatê, tocar um instrumento, desenhar. E por que esperar
tanto? Mundo capitalista, incertezas do
futuro, inseguranças mil. Sempre tive medo de ficar “muito” refém (pois, refém
já sou) e deixar de fazer o que gosto só quando a “melhor” idade chegar. Vou
fazendo o que vai dando...
E fiquei pensando no retorno da banda Queen e sobre os
comentários que vieram no encalço.
Imagine você: músico, apaixonado pela música, com uma legião de fãs pelo
mundo todo e com um projeto de uma banda parado devido à morte de seu
vocalista. Imagine a angústia que é não poder tocar sua vida em frente com a
banda que lhe deu tudo: reconhecimento, realização pessoal, fortuna, gozo. Claro que tem gente que acha que o retorno do
Queen foi oportunismo ou que o Adam Lambert não é nenhum Freddie Mercury. Também
acho uma coisa: caretice.
Se eu tivesse minha banda, faria tudo para mantê-la. Reinventava-a todo dia, se fosse preciso. Não sejamos
“corta-barato” de quem está a fim de ser feliz.
O que ficou de tudo isso: rolam as pedras.
Inté.
X.