sábado, 19 de setembro de 2015

A Rainha Canta


É muito linda uma criança dançando balé, lutando karatê, tocando um instrumento, desenhando. Tudo é muito lindo quando se está no terreno do lúdico, da formação de um pequeno cidadão. Mas, quando a criança cresce e resolve ser bailarino (a), atleta, músico ou estilista, será que terá apoio da família? Quantas e quantas pessoas se tornaram adultos frustrados em seus ofícios por falta de incentivo de seus sonhos. A função da família é formar os pequeninos para esse mundão de “meudeus” e não deve ser tarefa fácil, mas estou falando do  outro lado: o das vocações adormecidas.
Muitas pessoas esperam a aposentadoria para retornarem a dançar balé, lutar karatê, tocar um instrumento, desenhar. E por que esperar tanto?  Mundo capitalista, incertezas do futuro, inseguranças mil. Sempre tive medo de ficar “muito” refém (pois, refém já sou) e deixar de fazer o que gosto só quando a “melhor” idade chegar. Vou fazendo o que vai dando...
E fiquei pensando no retorno da banda Queen e sobre os comentários que vieram no encalço.  Imagine você: músico, apaixonado pela música, com uma legião de fãs pelo mundo todo e com um projeto de uma banda parado devido à morte de seu vocalista. Imagine a angústia que é não poder tocar sua vida em frente com a banda que lhe deu tudo: reconhecimento, realização pessoal, fortuna, gozo.  Claro que tem gente que acha que o retorno do Queen foi oportunismo ou que o Adam Lambert não é nenhum Freddie Mercury. Também acho uma coisa: caretice.
Se eu tivesse minha banda, faria tudo para mantê-la. Reinventava-a  todo dia, se fosse preciso. Não sejamos “corta-barato” de quem está a fim de ser feliz.
O que ficou de tudo isso: rolam as pedras.
Inté.
X.


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