domingo, 27 de setembro de 2009

Quando eles acabam

- Final de namoro, só me restaram as agendas do pessoal da manutenção.
- Ana? Tudo bem? Aqui é o Lauro. Liguei pra gente dar uma saidinha, sei lá... Vai ver filme com o namorado? Falou. Depois a gente se fala.
- Ahh! Que coisa Bia, fique bem da sua perna.
- Alô, é a Clarice. Clarice? Alô? A ligação tá péssima. Alô? Alô?
- Daisa? Desculpa Ellenzinha, me confundí...
- Neném, chama um adulto, por favor. Oi Fernanda. Você já tem três filhos?
- Olá, Geórgia. Não, pra forró, não!
- Heleninha?
- Por favor, tem o seu nome, Iris, na minha agenda. De onde a gente se conhece mesmo? Sei, você foi minha faxineira.
- Diz Joyce!
- Esse telefone não é mais da Karine?
- Mas quando foi que você fez redução do estômago Lília? Sucesso, viu?
- Martiiiiiiinha. Eita, desligou na minha cara.
- Nádia?
- Pat? Caixa postal...
- Querida! Há quanto tempo!
- Renata, escuta, eu prometo que não vou só te usar.
- Oi Silvinha. E aí? Tá noutra é?
- Alô? Teca? Tá em Londres? Bacana. Pois depois a gente se fala, então.
- Ok Úrsula. Entendo...
- Que voz é essa Vanessa?
- Ooooooooooooooi Xênia
- Zazá? Ah! Morreu foi? Nossa...
...
- Alô, Mãe? Liguei só pra dá um alô. Beijo, viu?


O que ficou de tudo isso: como nada se cria, tudo se copia, este texto é uma adaptação do que eu acabei de ver no Cilada. Homenageei minhas amigas!
Inté.
X.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Só essa cruz custou 80 reais"

Nesta terça-feira dois parentes faleceram. Uma tia, irmã de minha mãe e o marido de outra tia, irmã de meu pai. Quase nunca vou à cemitério (Graças!). Aliás, nem eu nem minha família (Graças 2!!!). Mas nesta terça o negócio foi acumulado. Ambos já estavam doentes. Sofriam de seqüelas de AVE (acidente vascular encefálico) e estavam bem mal.
Não vim falar de sofrimento, mas fiquei preocupado por minha mãe. Mas foi tudo bem.Que todos fiquemos bem.
Como meu blog é pra falar de cotidiano, não poderei deixar de contar das “prezepadas" da família Buscapé nesta terça de sol forte.
Chegamos cedo da manhã ao cimitério e apenas dois outros tios meus estavam lá. E logo fomos visitar o jazigo do lado paterno. Lá ia meu pai, moco-moco, falando bem alto que conhecia este e aquele defunto. Minha mãe, andando devagar por conta da perna, respondendo alto também. E eu, na minha santa paciência. Chegando no jazigo, meu pai sobre em cima da lage (ou laje, tanto faz) e faz um discurso ao seu estilo: “Rapaz, mas tá lindo, viu? Mandei passar cerâmica no bicho todo. Parece túmulo de barão”. Ele nem se deu conta que o coveiro tava cavando a cova para enterar o corpo do meu tio, que iria ser sepultado à tarde. Menino, quando ele viu o homem foi confusão, visse? O motivo eu só conto pessoalmente. O negócio foi feio... Ele ainda ficou lá falando que "os coveiros dão os ossos pros gatos", que "vai dar 1 real pra uma mulher tomar conta do jazigo"... Minha mãe disse com ironia: "Tu devias é colocar dois leões de cimento bem grandes aí em cima". Puxei a mamãe...
Entramos na capela para missa de minha tia. Minha mãe chegou falando alto e o padre manda ela se calar. Dê um desconto, a bichinha não tá acostumada com missa. Meu pai, lá pelas tantas, diz bem alto: “Esse padre fala muito ruim. Só quer comer os 130 reais da missa e se mandar pras praias". Claro que o padre ouviu e nessa hora, eu já estava lá no portão no cemitério–tério-tério. Na hora de sepultar a minha tia, minha mãe dizia bem alto: “Olha essa aqui é a filha do fulano de tal”. Meu pai: “de quem?”... E eu, já encaliçado, só esboçava um pequeno sorriso.
Pra finalizar, meu pai disse pra uma outra tia que o plano funerário tinha roubado ela, pois não ofereceu o que tava no contrato, que isso, que aquilo, que aquilo outro. Plano bom é o dele: tinha até direito a 50 pessoas chorando!
O que ficou de tudo isso: Agora vocês sabem por que eu fui morar sozinho.
Inté.
X.

domingo, 20 de setembro de 2009

Eles gongaram a Madonna


Algumas pessoas perguntam por que eu me interessei em trabalhar com a voz humana. Resultados como os do Voca People já traduz muito da minha fala.
Ainda não nos damos conta do reflexo de nossa voz aos ouvidos, cérebro e coração das pessoas.Veja só: quando alguém liga pra gente percebemos pela voz o sexo da pessoa, seu estado emocional, características de personalidade, estado de sua saúde, delimitamos sua faixa-etária e nível sócio-econômico e, ainda mais, imaginamos o tipo físico de um esconhecido. Tudo isso percebemos sem ver a imagem e as expessões do sujeito. Quando os artistas tranformam tudo isso em arte, aí o bicho pega.
Existem artistas que se esmeram para que seu intrumento vocal seja um recurso que o torne diferente dos outros. Por outro lado tem aqueles que nem tchuns. Não tão nem aí, pois querem só faturar. E como faturam! Ficam roucos, inexpressivos, desafinados. Estes sãos animadores de platéias. Os outros, os verdadeiros artistas.
E retomando ao Voca People, que você pode ter uma breve e pequena idéia do que seja pela infernet, tudo se torna claro. Como oito vozes podem fazer aquilo tudo? Não falo somente de malabarismos vocais e virtuosismos. Eles também são generosos uns com os outros, empáticos com a platéia, desenvolvem um roteiro pra lá de redondo e têm um repertório super-xaxá.
A peça que eles cantam na infernet, um medley sobre a evolução da música, já abre o espetáculo deste grupo de alienigenas que vêm para terra em busca de enrgia musical. O show tem um tonzinho de sátira, mas com Madonna eles não economizaram. Depois passam pelos temas musicais do cinema, pela música erudita e, no quadro que mais gostei (só pra detacar alguma coisa dentre outras várias), cantam os standards da música pop romântica para uma garota da platéia que é chamada ao palco. Demaxxxxxxx. Ah! Dois deles são especialistas em beat box e colocam a platéia para fazer aqueles troços com a boca. Você ia morrer quando ouvisse eles cantando Queen e pra quem gosta do batidão, lá estava ele lá! O final? We are the wold!!! Pensei que eles iam melar o show. Que nada! Criaram um arranjo original de trás para frente. Como? Vá ao show em Melbourne que você verá. Vi o penúltimo show no Brasil. Dava pra ver outro, só que Fortal me esperava. Não o Fortal, mas minha terrinha. Cabei de chegar.
O que ficou de tudo isso: existe luz no fim do túnel.
Inté.
X

domingo, 13 de setembro de 2009

Lista ou listras?

E lá serrai mais uma listinha.
Essa foi uma inspiração do meu amigo ZéPlá nas costas do meu amigo FCReis.
Sabemos que todos nós temos nossos “empancamentos”. Nem sei se esta palavra existe, mas que nós somos mulas velhas, isso somos. Já não ouvimos mais ninguém e só fazemos o que queremos. Isso não é novidade pra mim pois faço isso desde criança! E como eu nunca estou nesta listinhas que eu mesmo faço, vou começar comigo.
O questionamento é: o que o povo já se cansou de pedir pra tal pessoa fazer e nunca é escutado:
Eu: a turma pede pra eu me casar!
Frinha: pra aperecer aqui em casa. Tá difícil, viu?
LiliHouse: pra “deixar de estória”. A bicha gosta duma conversa torta!!!
Silabreu: pedem para deixar de fazer comida pouca.
ZéSergio: que deixar de chamar seus desafetos de psicopata. Os bixins...
FCReis: eita como são coisas... mesmo declinando todos os convites para viajar, ele até que aceitou uma idazinha à BSB. Nem sei como...
RFalcão: pra resumir suas estórias
Dramaria: pra chegar cedo nos cantos
Palim: pra comer menos
Ulix: deixar de ciúmes
MCosta: de emagrecer
ZéPlá: pra reduzir o romantismo!
Família Barros: tenham paciência com Teté! Ela vai fazer 18 anos já já!
RCarvalho: pra deixar de acreditar que o psicopata é gente boa
Rutinha: pra parar de se amostrar.Tô com medo de perder o reinado.
Quem se achou invadido com esta lista, me ligue. Tô até precisando de mil conto.
O que ficou de tudo isso: vou pro show do Voca People em BSB. ( http://www.youtube.com/watch?v=N6EYrqIn0yI&feature=channel_page ). Nem falei nada do Flavim aqui pra ganrantir meu ingresso.
Inté.
X.

GPS rumo ao Zé Walter

Meu amigo Paulim comprou um GPS, juntamente com seu centézimo nono celular. Fiquei ali olhando ele mexer no bicho. Que coisa! O troço manda a gente até praquele lugar. Manda até pra onde as patas tomam.
Aí, como tava em BSB ( e Manu reinando!) fiquei matutando sobre os nomes das ruas. Não as de lá, mas as de cá.
Fiquei pensando: quem terá sido Haroldo Torres? Sargento Hermínio? Tibúrcio Cavalcante?
Vou agora em direção ao sabe-tudo do Google para desvendar este mistério. Veja que pesquisa fabulosa!
Jovita Feitosa: esta tauaense se vestiu de homem e se mandou pra Guerra do Paraguai. Moreu novinha, aos 19 anos. Sobre a rua? Só me vem à mente a Igreja Redonda na época de adolescente.
Heráclito Graça: era icoense, advogado, magistrado, jurista, político, jornalista etc e tal. Foi “presidente” do Ceará. O Estado, não o Sporting Clube. Envolveu-se, positivamente com a Lei do ventre Livre. Era um filólogo. Da rua, só aquela ruma de sinal.
Azevedo Bolão: nasceu na Bahia e foi um republicano, aqui no Ceará véi. Pelo seu porte físico (daí o apelido Bolão) ao receber a descarga de fuzis por conta de uma rebelião aí não morreu logo, conforme relatou Barão de Studart (outra nome de via pública). Esta rua fica na Parquelândia/São Gerardo. Minha tinha mora pertim.
Barão de Studart: fortalezense, filho de um inglês com a filha do Major Facundo (aquele entre a Floriano Peixoto e a Barão do Rio Branco), foi médico e historiador. Foi envolvido nas causas abolicionista e ajudou a fundar a Academia Cearense de Letras. A ladeira perto do Habbibs mata quando venho caminhando da Beira-mar.
José Walter: foi prefeito de Fortaleza e dizem que destruiu a Coluna da Hora e o Abrigo Central, ambos na famosa Praça do Ferreira. Em compensação, se é que existe compensação para o que ele fez, tem seu nome em um conjunto com 5.500 casas, entre o Jangurussú e o Mondubim. Quer que eu me perca.?Não saio de lá nem com GPS!
Costa Barros: De Aracatí, foi o primeiro presidente da província do Ceará. Vixe menino, tenho que sair correndo!!!! Nem deu tempo pesquisar a Aguanambi, a mais torta de todas (ou seria Aguanhambi?).
O que ficou de tudo isso: fazer as coisas nas pressas dá nisso.
Inté.
X

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gigante pela própria natureza...

Aproveitando:
1. A Vanusa
2. O Dia da Independência do Brasil
3. E a avalanche de reportagens do tipo: “Você sabe cantar o Hino da Independência?”
É que tomo gosto para escrever sobre as cantigas que por muito ficaram esquecidas em nossa tenra infância.
Tudo bem se a Vanusa tivesse errado o Hino de Fortaleza... Mas o brasileiro, lendo, de óculo?Aliás, você conhece o Hino de Fortaleza?. Não é o do time Fortaleza (o Leão), mas da nossa Capital. Vê aí: http://www.youtube.com/watch?v=asbMbcAUMFI . A letra é de Gustavo Barroso e a Música de Antônio Gondim. Perto do Hino da Independência, parece uma cantiga de roda. Mas, acho que hino de ser facinho mesmo e adoro o da minha terra. Aliás, vejam o da Independência que até dizem que foi D. Pedro I quem escreveu a música. Muitos duvidam. A letra é do Evaristo. Ei-lo: http://www.youtube.com/watch?v=AM78A3vkGgI .
Por falar em Gustavo Baroso, fortalezense, folclorista, contista, romancista, professor, político e etc e tal, o Hino à Bandeira Nacional me vem logo à memória. Todo dia de manhã, tava eu lá, morrendo de sono, cantando: “Salve, lindo pendão da esperança / Salve, símbolo augusto da paz...”. Cantava e bocejava. Pela manhã, com é sabido, sou um traste. Mas o Hino é bem bacana. A letra é de outro cearense, Olavo Bilac. Para quem não se lembra, é a rua do Farofa Branca, no São Gerardo. Ispia: http://www.youtube.com/watch?v=m-mOcJVu9WE.
E vendo o vídeo deste hino, li um comentário: “Que voltem as aulas de OSPB!”. Eita. Lembrei-me do prof. Tourinho falando sobre um hino que acho que é o mais desconhecido de todos. Mas quem não lembra do “Liberdade! Liberdade! / Abre as asas sobre nós”? Não é o samba de 1989 da Imperatriz leopodinense. É o Hino da Proclamação da República ( http://www.youtube.com/watch?v=WBlnT0fiwrI).
Por fim, pra não dizer que eu não falei das flores, o hit da Vanusa. A Márcia Tiburi (procure no Google) disse que foi o hino merecido para o Congresso Brasileiro, que Vanvan tava de parabéns. Ledo engano, o hino é nosso, do povo brasileiro. Foi tudo uma vergonha. Mas não deixamos de nos divertir com tudo isso. Fafá, você perdeu essa! Vai aí uma versão funk, pra não me chamarem de careta: http://www.youtube.com/watch?v=jc0C_p-Z2OE&feature=related .
Brasiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiil.
O que ficou de tudo isso: Pra escrachar tudo de uma vez, vou ver Brüno, no cinema. Depois te conto.
Inté.
X