quinta-feira, 30 de julho de 2009

100 posts sem solidão

Tava pensando... Esse negócio de ficar comemorando os "100 alguma coisa" só dá é trabalho pra gente ficar fuçando, ou seja, pesquisando aquilo que já foi feito. Não vou me dar a esse trabalho. Só vou agradecer você, leitor, pela companhia centenária.
Anteontem fiz duas coisas bacanas: fui até à Praia de Iracema e ao Cine São Luiz. Claro que a nostalgia reina, mas parece que a Lôra tá agilizando alguma reforma pela P.I. Pelo menos no calçadão. Quem souber, me avise. Serei o primeiro à visitá-la. Falar da atual situação da P.I. é lugar comum, mas é triste ver o Cais Bar como uma moradia. Tinha um senhor sentado lá em cima com uma garrafa de Coca-Família na mesa. Imaginei a dose e a siriguela (agora sem trema). O que lascou o meu passeio é que haviam 4 cachorros querendo abufelar uma cadela. Os diabos latindo e eu morrendo de medo. Nota zero pra cachorro solto no meio da rua. Mas uma coisa que se manteve foi o Mincharia. Até que eu gostava de lá. Quando eu comia pastel de carne de alma, vezenquando ia por lá com minhas amigas Vanessa e Didiva. Qualquer dia retorno pra comer um arroz de camarão. O melhor do Norte-Nordeste. E o que eu estava fazendo pro lá? Ah! Meu amigo... jogging.
O São Luiz (deixa eu ir ver se é com s ou z) é o Cine São Luiz. Ô bicho bunito. Quase que eu ia abraçá-lo, juntamente com os artistas locais, para protestar contra sua venda para uma Igreja Universal. Já penssasse? Tranformar aquela belezura em Templo do Edir. Nem (um Nem bem curtim pra não dar ibope). Mas, o cheiro de mofo continua e o calorão não deixa ninguém confortável. Isso não é empecilho pra deixar de visitá-lo e lembrar da época dos Trapalhões no Planalto dos Macacos. Diaguelefe! Aqueles lustres são demais e o mármore deixa tudo muito suntuoso. Bom, eu moraria lá. Com umas 19 criadas. Todas com carteira assinada, claro. O que eu fui fazer lá? Ver 15 minutos da abertura do Cine Ceará. Na boa, o calor não permitiu. Também, tava lotado e não tinha onde sentar. Foi bonito ver tudo aquilo lotado. No lucro, ficamos alí sentados na Praça do Ferreira esperando o Aracati.
Acho que mandei bem no centésimo post, né não?
O que ficou de tudo isso: tô pulando corda em casa e cê sabe como minhas pernas estão, né?
Inté.
X.

sábado, 18 de julho de 2009

Uma coisa, tipo assim, super!

Não sei onde a gente tá com a cabeça quando adquire itens altamente desnecessários para conviver conosco. O que é que eu vou fazer com um descascador de camarão? E um descaroçador de azeitona. Vou enumerar pra você tudo aquilo que tá sub-utilizado ou nada-utilizado em minha vida. De repente, se você quiser herdar...
Escultura de Lampião e Maria Bonita: depois que eu vi um documentário sobre eles, fiquei meio encabulado em colocá-los como decoração da minha casa. Sei não...
Caixa de isopor de 50 litros: meu povo, só entulha. Isso foi um amigo do RFalcão que deixou aqui em uma festinha. Que troço pra atrapalhar minha vida. Tudo bem que ela já foi usada como mesa de centro...
Ah! Tenho uma tela de projeção daquelas de data-show: você imagina que eu tenho uma bem guardadinha? Quando eu ministrava cursos com uma amiga compramos uma e ela tá aqui, inclusive na minha frente (a tela, não a amiga). Super-útil.
Uma Churrasqueira elétrica: ganhei em 2002 e só usei uma vez. O churrasco ficou “merquepia”. “Pura sal”. Desisti e tá lá debaixo da cama.
Vamos deixar esse papo pra lá que depois eu acabo falando dos presentes que ganho e que nunca usei/usarei. E se de repente for um presente seu? Nem. E por falar nisso, julho é mês de botar a mão no bolso: 7 amigos aniversariando. Vou comprar uma iogurteira pra um deles.
O que ficou de tudo isso: no próximo vou falar da retrospectiva dos 100 posts do blogdoxaxá. No estilo Globo Repórter.
Inté.
X.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vou bem ali assim e volto já!


Continuo achando que esperar é muito melhor do que ser esperado. Se eu fosse ser entrevistado pela Marília Gabriela e ela me perguntasse sobre aquilo que me deixa estressado, diria: ser esperado. Tem gente que é expert nisso, nénão? Não estou falando de ninguém, especificamente. É eu que estou aqui de bobeira esperando o tempo passar e me dei conta desta minha característica. Sobre esperar, já tenho o meu kit: a revista da semana, o livro de filosofia da Tiburi, a agenda para destacar assuntos importantes para este blog e o celular, no qual eu fico apagando os telefones eu capto e nunca vou ligar. Tudo isso faz o tempo passar. Ficar conversando miolo de pote, também. Mas vá fazer isso na sala de espera de um ortopedista! É só reclamação. Enquanto eu esperava, três senhoras falavam de suas mazelas. Uma querendo ser mais as pregas, em matéria de dor, que a outra. Nem.
Mas esta minha relação com horários vem desde que eu me entendo por gente. Coisa de gente sistemática (como já falei aqui anteriormente, em outros posts). Mas veja só: tudo no meu trabalho (trabalhos, pois tenho mais de um) é em função de tempo: atividades de 30min, 45 minutos, 50 minutos... E ainda bato ponto.
Desde quando eu brincava com meus amigos, quando criança, que meu tempo era marcado: saía pra brincar quando terminava a novela das 6 e voltava quando terminava a das 8. Naquela época, todos ficavam com as cadeiras nas calçadas e perguntávamos: D. Cleide, já começou Baila Comigo? Era aquela novela do Quinzinho e o João Victor (Tony Ramos e Tony Ramos). Às vezes, eu aloprava e fica na rua até o horário do Viva o Gordo. Minha mãe reclamava... Mas, não tinha jeito. Sempre fui rueiro.
Cresci com este relógio bio-sócio-profissional! Fazer o quê. Agora, não me deixe esperando muito, não, visse? Você vai ver a cara de cão que eu fico.
O que ficou de tudo isso: Fiz a 8ª faxina geral do ano. Desta vez foram embora todas as “obras de arte” que um dia eu pensei em expor no Louvre.
Inté.
X.

sábado, 11 de julho de 2009

La adicion, s'il vous plait

Raramente como em casa. Os motivos são vários: a) o tempo que se gasta para construir a comida; b) a sujeira e a necessária lavagem posterior; c) acabo gastando mais cozinhando só pra mim; d) enjôo da minha comida com facilidade; e) não desperdiço comida ao comer fora de casa; f) tem sempre um local com comida bacana e barata perto de mim todos os dias; g) posso variar e comer coisas que não sei fazer, fígado acebolado, por exemplo!Mas não pense que eu sou um perdulário. Às vezes, acho que sou até mão de vaca por saber do valor que o dinheiro tem/teve na minha formação com sujeito. Procuro não irnobá. Mas, convenhamos, os itens que citei acima são suficientes pra justificar uma boquinha na rua, né não? E comendo fora acabo por respeitá-los ainda mais: os garçons.
Na adolescência, lá estavam eles, colocando um engradado de cerveja vazia no Valdir Drink’s, lá na Bezerrona de Meneses. A cena tá ainda fresquinha na memória. Também tinham os potes de maionese e catchup que eles jogavam na mesa do Babalu (hoje, Bebelu) e que chiringava-mos no cheeseegsburgbacon ou no famoso prechesseseburgbacon. E não muito longe dalí – da adolescência – tinham os graçons do Outras Palavras que, ao final da noite, sentavam conosco e cada um pagava uma. Fiquei amigo de todos. Fui até padrinho de casamento. Bons tempos.
Mais recentemente, lembrei do dia em que vi em um cardápio uma caipiroska de mamão. Peguntei ao garçon: “Cê tem coragem de beber?”. Claro que a resposta foi “neeeeeem”. Tem outra com a "deliciosa"carne de avestruz. Perguntei a um garçon se o povo tem pedido muito avestruz. Ele disse: "tem uns doidos que pedem. Ô bicho ruim, viu?”.
Quando apareço na TV,  eles vêm falar comigo todos orgulhosos. “Te vi na televisão. Falou bem!”. Fico todo todo.
Tem os interestaduais também. Lá em BSB, pedi um campari que tava demorando muito a chegar. Falei pro garçom: “Olha, não precisa ele vir bem vermilhim. Traz rosadim mesmo. Não tem problema”. Lá no Beira, Flavim tem o seu favorito: Arleudo, que é a cara do Dino da Silva Sauro.
Ruim mesmo é garçon de rodízio. Fica enchendo o saco empurarndo comida na gente. Sem falar naqueles que ficam enchendo o copo ou levando o copo pela metade e deixando um cheinho (geralmente de espuma). Eu estava com quem quando um garçom colocou chantilly no feijão no lugar de nata?
Vixe como tem estória. Tem até aquela que eu não vou contar pois o restaurante aqui já está fechando.
O que ficou de tudo isso: Ia escrever sobre o Michael, mas não tive saco. Deixa enterrarem o homi que eu abro a boca sobre o que eu sei.
Inté.
X.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Valeu tão somente a intenção

Fui ver Jean Charles. Sou um péssimo crítico de cinema, mas o blog é meu e eu vou escrever o que eu achei do...filme. Ele é todo péssimo, só a causa é nobre.
Li uma reportagem da Veja que fala de delicadeza, de exercício de observação, de crônica sobre a vida dos imigrantes ilegais etc etc etc, mas o bicho é ruim. Pareceu que a repórter da revista é muito amiga do diretor/produtor/divulgador/Selton Mello/Outros. Ainda bem que tenho Itaucard e paguei meia. Vamos fazer o seguinte: vá ver e marque com um “xis” os aspectos em que você concorda comigo:
( ) O elenco é um desastre, excetuando o Luis Miranda. O caboco é sensacional. A sensação que eu tive foi que o diretor pegou tudo que era imigrante brasileiro em Londres pra fazer o filme. Pra baratear, claro. Parece peça de colégio. Constrangedor;
( ) O texto é de roteirista iniciante. Um lixo. Dava pra cortar 80% dele. Aliás, um documentário de 15 minutos estava muito bom. Dava um recado bunitim;
( ) A agente de imigração do início do filme é cearense? Ô sotaquezim carregado ;
( ) A melhor cena, de longe, foi a do Miranda mandando o Consul britânico “se lascar”;
( ) Os diálogos são pobres. O diretor ainda colocou a prima "na vida real" do Jean para contracenar. Não vou nem falar sobre a atuação dela e dos verdadeiros pais dele, fazendo papel deles mesmos. Constragedoras as cenas. Aliás, as não-cenas com os não-diálogos;
( ) Cenas pebas: a) as prostitutas entrando em uma obra pra fazer uma festinha; b) a prima do outro lá falando com o namorado pelo Skipe; c) Todas a da prima gordinha; d) Vou parar por aqui pra não contar o filme todo;
( ) O show do Magal até que foi bom
O diretor, Henrique Goldam, deu seu recado, muito mal dado, mas deu. Não sei se foi oportunismo, filme encomendado ou pura ideologia, mas Jean merecia uma vida cinematográfica melhor. Achei tudo um arremedo de filme. Só vendo.
Em tempo: O Selton Mello se esforçando para não parecer Selton Mello é hilário
O que ficou de tudo isso: não vou desistir do cinema nacional, mas tem umas pisadas na bola....
Inté.
X.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pois não, senhor!?

É sabido, nas altas rodas, que gosto muito do que faço. Pessoalmente e profissionalmente. Porém, venho ruminando uma idéia de montar um negócio e entrar pro mundo do business. Tenho até dividido este anseio com alguns amigos. A regra fala que quem pensa muito não faz. Acho que me enquadro neste provérbio. Muitas coisas já passaram pela minha cabeça...
1. Uma loja de vasos: Recife inspirou a idéia. Aliás, João Pessoa. A loja tinha uma vitrine com muitos vasos e pensei que poderia ter uma igual. Isso foi na época em que eu pintava as garrafas. Não, eu não iria vender as garrafas que pintasse! Menos. Falei com a minha amiga VCláudia sobre a idéia de ter somente e tão somente vasos. Ela me disse que iria montar uma vizinha com areia, pedrinhas e flores de plástico (que não morrem) e que iria faturar bem mais que eu. Achei que ela tivesse razão. Abandonei a idéia.
2. Um quiosque de Havaianas: bom, aí o negócio era menor. Uma franquia parece que é 15 mil. Dava pra entrar com um sócio, mas abdiquei logo da idéia. Sócio é complicado...
3. Um café: Fortaleza é cheio deles, mas eu queria um lugar para receber os amigos e não ter que lavar os pratos. Sei que ninguém investe em um negócio com este pensamento, mas sou um égua neste departamento.
4. Um jardim: vender plantas estava em meus planos há uns 3 anos. Nem sei se falei sobre isso com meu amigo RBarros. Estava matriculado em um curso de especialização em manejo de jardins e já estava me imaginando com as mãos cheias de estrume...Não foi pra frente.
5. Um pequeno restaurante: acabei caindo na real e entendi que pequeno ou grande todos dão um trabalhão. Pensei em 10 mesas, com um cardápio com 10 pratos, 5 tipos de vinho, 5 sobremesas. Este foi a idéia mais realista. Mas, deixo-a pra quando eu me aposentar, certo?
Eu tenho uma resistência muito grande com gestão e derivados. Esta é a grande questão e o grande medo. Quando falam em Sebrae fico todo me tremendo. Sei que não poderei abrir meu negócio sem uma assessoria, mas se eu engessar este pensamento serei sempre um empregado. Coisa que não me incomoda!
Assinado: eu, o eterno funcionário.
O que ficou de tudo isso: esqueci da papelaria, mas todo mundo quer ter uma. Haja fum!
Inté.
X.