domingo, 16 de janeiro de 2011

Amy, a coadjuvante


Isso o que ela se tornou frente aos dias que passamos em Recife. Não desmerecendo seu talento e nem esquecendo de sua "inebriante" performance, a artista acabou sendo a agregadora de amigos que estavam precisando se encontrar. Uma espécie de madrinha, digamos.
Viajar é sempre muito bom!
Recife continua uma cidade que cresce. Mas, encontramo-a mais calma, sem o pique todo de uma cidade em férias. Talvez, seja uma impressão de quem vai ultimamente à Recife sempre no carnaval.
Retornar à cidade sempre é um motivo de alegria. Ser recebido pelos Morais da Costa ainda mais. Éramos quatro visitas, cinco na farra e seis à mesa. E que mesa! No frigir dos ovos, fizemos uma viagem gastronômica. Foram mais fotos de comida do que de gente.
Conhecemos lugares novos, vistamos lugares repetidos, revemos pessoas queridas.
Pegamos calor, chuva, frio.
Bebemos vinho, prosseco, caipirosca, cerveja e àgua. Eu, em destaque, campari.
Comemos umbuzada, bacalhau, inhame, cozido, camarão, mouse de uva, tender e garra nordestina.
Conversamos sobre a vida, a morte e as rotinas.
Perdi meu celular, bloqueei meu celular, acharam meu celular e desbloqueei meu celular.
Rolou rinite, diarréia e pesadelos.
Rimos muito juntos.
Quem? Eu, que recebí o título de Marquês de Macacheira, e mais Visconde de Cocadinha, Conde de Jacarandá, Barão de Tapioca, Grão-Duque de Bolo-de-rolo e Lorde de Arrumadinho. O jantar de entrega dos títulos de nobreza, por sinal, foi o mais divertido. A Duquesa de Jabuticaba, mãe do Lorde de Arrumadinho, estava sem entender nada...
Bom, voltei pra casa como um nobre! Obrigado MCosta e D. Mainha. Obrigado nobres amigos.
Agora, voltamos aos nossos lares. Mas, só pra informar: ainda tenho 14 dias de férias!
O que ficou de tudo isso: Peguei uma frase do face da minha amiga Martchinha de Clarice Lispector:"... E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar..."
Inté.
X.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Balada da Arrasada

Não me culpo por ter investido (não somente dinheiro) para participar de um momento musical único destes últimos anos: ver ao vivo Amy.
É o tipo da situação de " pagar pra ver". Faço isso, vezenquando.
E vi o melhor que a música mundial tem pra nos oferecer da pior maneira em um artista tem para nos ofertá-la.
Amy estava desconcentrada, cambaleante, desorganizada, inquieta, desorientada, feia, defigurada.
Nada me fez sair de um estado de pena que me tomou durante todo o show. Não só à mim, mas tomei o cuidado de olhar as pessoas em volta e ninguém parecia se divertir, a não ser um punhado de garotos, que sob efeito do álcool, ficariam entusiasmado até num show do Oswaldo Montenegro.
A imprensa só divulgou, até então, notinhas que pareciam coisinhas pitorescas: esqueceu a letra, confundiu o microfone com uma garrafa de água, cuspiu chichete em uma fã... Mas, a verdade é que o show foi um espetáculo de constrangimento. Me deu vontade de sair, de chorar, até. Assisti ao show calado, assim como muita gente, que também não aplaudia sua perfornance.
Sai pensando que deram um estrelato à uma jovem artista que está querendo curtir a sua vida adoidada. O problema, além da saúde física, mental e social da cantora, é o respeito que um profissional tem por seu público. Sei que pode ser um  caso de dependência química, mas artista não é diferente de advogado, enfermeiro, gari, teleoperador, neurocirurgião. Ela precisa de ajuda e talvez o palco não seja seu elixir.
Música pode ser explicada com música e a Rô Rô explicou bem a situação na música Balada da Arrasada.
"Arrasada, acabada, maltratada, torturada
Desprezada, liquidada, sem estrada pra fugir
Ela busca toda noite algo pra se divertir
Mas não encontra não".
O que ficou de tudo isso: perdi as esperanças não.
Inté.
X.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Nada, nada, nada, nada....

Tenho dormido muito desde o início das festas. Ontem, por exemplo, passei a manhã e tarde de pernas pro ar. Hoje, o caminho parece ser o mesmo. Há algum tempo estaria inventando algo pra fazer: pintar, arrumar a casa, ver vídeo, ler, sair... Por falar em sair, logo no começo de dezembro, quando as minhas atividades profissionais começaram a reduzir, fui ao centrão comprar uma caixa de som. E eu preciso de caixa de som? Tenho 4! Só o verme de sair de casa. Todo mundo tem dessas coisas, mas com caixas de som, acho que só eu. Vou entrar no "orkut" pra saber disso.
Aí, assistindo a uma matéria em algum lugar, me deparei com o Nadismo. Pense aí o que seja isso...
O Nadismo oferece a oportunidade rara e preciosa de parar de verdade e fazer absolutamente nada. É isso mesmo, existem estudiosos na área. A filosofia prega que, ao desfrutarmos de momentos sem fazer nada, passamos a viver melhor, mais tranquilos, saudáveis e felizes. Tudo começou em Londres e chegou ao Brasil em 2006. Parece que no Ceará não existe um grupo organizado de nadistas. No Brasil, existem vários.
O Nadismo mexeu comigo. Fiquei pensando dias e dias sobre isso, inclusive porque andei estudando sobre o lazer. O lazer é aquilo que se faz quando se tem tempo livre. Se nos enchemos de coisas pra fazer, nunca temos tempo livre. Os aniversários viram obrigações, a missa do domingo vira um sacrifício, a praia torna-se uma tortura... Daí, as doenças do corpo e da alma, a depressão, o estresse, a angústia.
Procuro exercitar o lazer e, agora, com um bom pockemon evoluído que eu sou, quero direciornar-me para o Nadismo.
Sei que estou escrevendo sobre influência de dias de excessos, canseira e correria. Mas, espero que escrevendo o Nadismo fique melhor gravado da minha memória.
Ô preguiça, visse?
O que ficou de tudo isso: uma coisa que tem cheiro de nada, tem cheiro, né?
Inté.
X.